quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Fragmentos vocacionais!


"O sorriso constante é uma das marcas do Pedro Barros. Depois de experiências em Moçambique e Angola e com uma licenciatura em Tecnologias de Informação e Comunicação pela Universidade de Aveiro, resolveu entrar no Seminário em 2007. Apesar deste percurso de vida, este seminarista confessa que já “teve alguns túneis” no trajecto vocacional. E recorda: “um desses túneis foi uma crise de fé” que durou quatro meses.
Junto aos seus colegas seminaristas confidenciou que não se deixou invadir pela escuridão desse túnel, “fui sempre procurando a luz”. Esta dinâmica levou-o a crescer. “É um sinal de desenvolvimento e de procura da luz que dá sentido à vida”. Quando se sente perdido, o seminarista da paróquia de Santa Joana Princesa (Aveiro) realça que não recorre ao GPS porque “já o encontrei”. E completa: “esse GPS é aquele que me faz, hoje, estar nesta caminhada, no seminário”.

“O sorriso de Deus também passa por estes momentos” porque “uma caminhada não se faz meditabundo”. O sorriso é o que caracteriza a “essência de qualquer um de nós”. E pergunta: “Quem não quer ter um sorriso? Quem não quer dar um sorriso?”

"Na sua caminhada vocacional – com etapas de voluntariado missionário – o seminarista aveirense explica que no continente africano (Moçambique e Angola) também descobriu o sentido do sorrir. “O meu percurso vocacional começou muito por aí, a minha primeira experiência é, de facto marcada, pela essência do sorriso”. Descobriu no rosto do outro uma “nova forma de olhar a vida”. E acrescenta: “o sorriso é uma das marcas em África” e “trouxe este sorriso de África”.

"Pemba e Namaacha (Moçambique) e Luanda e Lwena (Angola) deixaram marcas na personalidade do seminarista de Santa Joana Princesa. A nostalgia daquele continente está patente na voz do Pedro. Carimbos do solo africano: “Tenho necessidade também de, às vezes, ir procurá-lo [sorriso] em África. Há um «bichinho» que marca” e “que ajuda a crescer, a crescer e a crescer…”.

"Com ligação aos Missionários da Boa Nova e, posteriormente, aos Salesianos, Pedro Barros afirma que a missão que “Jesus Cristo nos dá é em qualquer sítio e em qualquer lugar”. Os dois carismas missionários por onde passou ajudaram o licenciado em Tecnologias de Informação e Comunicação a aprofundar a sua vocação. Apesar de frequentar o 3º ano de Teologia no Seminário dos Olivais, Pedro não esquece o carisma das congregações onde bebeu da fonte evangélica. “Existem questões que ficam sempre…, mas, através da direcção espiritual e da oração, vamos descobrindo para onde Deus nos quer encaminhar”. E confidencia: “a vertente missionária cativa-me muito”.

"Sendo adepto das novas tecnologias, Pedro apela para “o uso responsável” deste meio que poderá “servir para evangelizar”. E deixa uma ressalva: “não colocar apenas nesse baú o que podemos chamar Nova Evangelização”. “São um bom instrumento, mas não são o único instrumento” 

Pedro Barros (seminarista da diocese de Aveiro)

Sem comentários:

Enviar um comentário