domingo, 28 de novembro de 2010

Advento! Feliz Ano Novo

- Sê livre! Deixa Deus fazer morada no teu coração! - 

E acontecem! ...os encontros do pré-seminário! Este fim de semana mais um encontro em grande "estilo" com os jovens da nossa diocese!


O tema do encontro deste fim de semana foi o Advento! Nem podia ser de outro modo...
Iniciamos o Advento e por isso há um conjunto de desafios que nos saem ao caminhos... e nós no pré-seminário não queríamos ficar fora desses caminhos!

Tinha tudo para dar certo... e deu!
As peças apareceram (os rapazes) e o puzzle pode ser construindo. 
O sol brilhou e o frio fez uma pequena pausa! Foi muito bom!

O tema do nosso encontro foi o Advento, 
Os caminhos para uma melhor vivência deste tempo que nos prepara para as festividades do Natal! A nossa liberdade para assumir e preparar o coração para acolher Jesus!

Vimos que para se fazer verdadeiramente Natal teríamos que olhar a nossa vida e procurar a reflectir sobre o que tinha corrido menos bem no ultimo ano! Compreendendo as nossas atitudes menos conseguidas, saberíamos que atitudes tomar para melhorar as nossas vidas e purificar o coração para que o menino Jesus pudesse vir e fazer nela a Sua morada.

Vimos que atitudes como a da vigilância, a oração, a reflexão, a esperança, a alegria, o anuncio da chegada de Jesus e o testemunho da nossa fidelidade a Deus, eram claramente caminhos que nos levam a preparar o nosso coração para o Natal! 

Uma relação mais próxima com Jesus teria que passar por alguns dinamismos eclesiais e comunitários, como a Eucaristia, a reconciliação e uma relação mais próxima com aquele que esperamos: Jesus Cristo! 

Descobrimos que se vivermos tais atitudes preparamos o nosso coração para recebermos o Senhor Jesus e Ele torna-lo Sua morada! 

O encontro decorreu normalmente, sempre em clima de alegria e amizade!
Rezamos, reflectimos, vimos alguns  vídeos, PowerPoint's, cantamos algumas musicas a preparar o encontro de Natal, e claro uma futebolada para manter o nosso corpo são.
A foto da equipa vencedora!

Houve grandes novidades neste encontro!
Fomos visitar o museu "O Canteiro" em Alcains que estes meses apresenta uma exposição temática de presépios lusófonos. Foi muito interessante e faz com que passasse-mos uma boa tarde de convivo.   


Alguns dos muitos presépios!

Não esquecendo o desafio do  Papa Bento XVI, fomos até à paróquia da Sé em Castelo Branco, à Igreja de St.Tiago, celebra a Vigília de Oração pela Vida Nascente! Antes de regressarmos ao Seminário de Alcains, aceitamos o desafio do Pe. Emanuel a um "dedo de conversa" e a confortar o estômago com uma fatia de pudim na casa paroquial! Com um frio de "rachar" regressamos a Alcains para descansar!

 
No Domingo, aceitamos o desafio do Pe. Rui Lourenço e fomos À Paróquia da Lardosa celebrar a Eucaristia! Encontramos uma comunidade bastante acolhedora e simpática que nos desafiou a uma participação mais interventiva! Deste modo não só falamos e testemunhamos a nossa presença "pré-seminaristica" como também fomos às catequeses conversar com alguns meninos... até aprendemos os gestos da musica "guiado pela mão!" 
Foi muito divertido!
O João faz a sua assinatura no Muro do Compromisso


A manhã passou que foi um instante! 
Terminado o Almoço regressamos às nossas casa... com alguns caminhos para uma melhor vivência do do Advento e com o desejo de "sacudir o pó das mantas do nosso coração" (como nos diria o nosso Bispo Diocesano D. Antonino) para neste Natal Jesus ver acontecer o Seu forte desejo de nascer e habitar nos nossos corações. 

Ele quer... nós também!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

"Preparai os Caminhos do Senhor"


































Encontro do Pré-Seminário diocesano!

Nos dias 27-28 de Novembro realizar-se-à mais um encontro do pré-seminário diocesano no Seminário de S. José em Alcains .

Para o próximo encontro, entre outros desafios, iremos olhar a nossa liberdade como Dom de Deus que é, e compreender a sua importância nas nossas vidas!

Olhando o tema do nosso encontro, "Preparai os caminhos do Senhor" retirado do Evangelho de S.Marcos, iremos ver o que é o tempo Litúrgico do Advento e a importância de prepararmos o nosso coração para acolhermos a chegada do Senhor Jesus!

O encontro iniciará com o acolhimento pelas 10:30 e terminará no Domingo com o almoço! Agora é deixarem-se surpreender!
Vocês são as peças que faltam para completar este puzzle!

Recordamos alguns aspectos que devem ter em conta:
deves levar roupa desportiva (para o tempo da manhã de sábado)... raquete de ping pong (caso tenhas)... instrumento musical (se tocares algum)... interrogações... boa disposição... e uma vontade enorme de saberes o que fazer com o dom da vida que Deus te colocou nas mãos!
(Aspectos que já vos são familiares!)

Se têm mais de 13 anos e acham que este pode ser o desafio que procuram para conhecer caminhos diferentes para os vossos dias, inscrevam-se!
Falem com o padre da vossa paróquia ou com a vossa catequista para saberes como participar!

Também podem inscrever-se pelo seguinte  e-mail:pre.seminario.pcb@gmail.com
Na inscrição devem deixar o vosso nome, idade, localidade e e-mail ou outro contacto para se necessário entrarmos em contacto convosco.


Deus desafia-vos à liberdade! 
Assumem este Dom que Ele vos dá!
Que o Puzzle não fique incompleto! Apareçam!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ainda o encontro sobre a vida!

Uma oração...

Senhor Jesus
nós te louvamos e agradecemos 
pelo dom da vida que nos concedestes.

Ajuda-nos a torna-la um poço de felicidade e bom exemplo.
Dá-nos a força, a vontade e a coragem para que, da melhor forma,
consigamos ajudar aqueles que a não sabem aproveitar.

Com a Tua graça continuaremos a nossa vida
testemunhas de uma vida cheia e com sentido,
de jovens de Cristo, com Cristo e para Cristo,
até que Tu nos chames para uma nova vida, 
mais calma, atenta e contemplativa do Teu amor por todos nós!

Amém
António, Ricardo e Rui

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Fragmentos vocacionais!


"O sorriso constante é uma das marcas do Pedro Barros. Depois de experiências em Moçambique e Angola e com uma licenciatura em Tecnologias de Informação e Comunicação pela Universidade de Aveiro, resolveu entrar no Seminário em 2007. Apesar deste percurso de vida, este seminarista confessa que já “teve alguns túneis” no trajecto vocacional. E recorda: “um desses túneis foi uma crise de fé” que durou quatro meses.
Junto aos seus colegas seminaristas confidenciou que não se deixou invadir pela escuridão desse túnel, “fui sempre procurando a luz”. Esta dinâmica levou-o a crescer. “É um sinal de desenvolvimento e de procura da luz que dá sentido à vida”. Quando se sente perdido, o seminarista da paróquia de Santa Joana Princesa (Aveiro) realça que não recorre ao GPS porque “já o encontrei”. E completa: “esse GPS é aquele que me faz, hoje, estar nesta caminhada, no seminário”.

“O sorriso de Deus também passa por estes momentos” porque “uma caminhada não se faz meditabundo”. O sorriso é o que caracteriza a “essência de qualquer um de nós”. E pergunta: “Quem não quer ter um sorriso? Quem não quer dar um sorriso?”

"Na sua caminhada vocacional – com etapas de voluntariado missionário – o seminarista aveirense explica que no continente africano (Moçambique e Angola) também descobriu o sentido do sorrir. “O meu percurso vocacional começou muito por aí, a minha primeira experiência é, de facto marcada, pela essência do sorriso”. Descobriu no rosto do outro uma “nova forma de olhar a vida”. E acrescenta: “o sorriso é uma das marcas em África” e “trouxe este sorriso de África”.

"Pemba e Namaacha (Moçambique) e Luanda e Lwena (Angola) deixaram marcas na personalidade do seminarista de Santa Joana Princesa. A nostalgia daquele continente está patente na voz do Pedro. Carimbos do solo africano: “Tenho necessidade também de, às vezes, ir procurá-lo [sorriso] em África. Há um «bichinho» que marca” e “que ajuda a crescer, a crescer e a crescer…”.

"Com ligação aos Missionários da Boa Nova e, posteriormente, aos Salesianos, Pedro Barros afirma que a missão que “Jesus Cristo nos dá é em qualquer sítio e em qualquer lugar”. Os dois carismas missionários por onde passou ajudaram o licenciado em Tecnologias de Informação e Comunicação a aprofundar a sua vocação. Apesar de frequentar o 3º ano de Teologia no Seminário dos Olivais, Pedro não esquece o carisma das congregações onde bebeu da fonte evangélica. “Existem questões que ficam sempre…, mas, através da direcção espiritual e da oração, vamos descobrindo para onde Deus nos quer encaminhar”. E confidencia: “a vertente missionária cativa-me muito”.

"Sendo adepto das novas tecnologias, Pedro apela para “o uso responsável” deste meio que poderá “servir para evangelizar”. E deixa uma ressalva: “não colocar apenas nesse baú o que podemos chamar Nova Evangelização”. “São um bom instrumento, mas não são o único instrumento” 

Pedro Barros (seminarista da diocese de Aveiro)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Senhor, quero o que Tu queres - a profecia de esperar vocações sacerdotais -


A Igreja vive mais uma vez, este ano entre 7 e 14 de Novembro, a já habitual Semana dos Seminários. É a ocasião de rezar pelo Seminário e de com ele fazer alguma partilha. E é a ocasião e a oportunidade de relançar o desafio da reflexão sobre as vocações ao Sacerdócio ministerial na Igreja e sobre os contextos em que se formam os novos padres.

Cada vez que reflectimos o Seminário olhamos sempre para ele como uma continuidade daquela primeira comunidade que os discípulos formavam com Jesus. Foram chamados a partir das suas vidas normais por Jesus que passava e tinha para eles um projecto de vida, seguiram-n’O, andaram com Ele, ouviram as sua palavras, contemplaram as suas acções, confrontaram-se e debateram-se com as necessidades da mudança das suas vidas, acolheram a radicalidade do chamamento e acolheram, sobretudo, o dom do Espírito para a missão como arautos de Cristo ressuscitado. Em novas coordenadas de tempo, espaço e cultura, os nossos Seminários são o ambiente em que muitos jovens recolocam hoje esses mesmos dinamismos.

Sempre que se fala dos Seminários reflecte-se também o número de jovens que neles entra e que, depois, abraça o Sacerdócio. Não sendo redutível a números ou a meras estatísticas, a vida cristã pode encontrar neles, contudo, uma evidência ineludível, um desafio e uma oportunidade. E, na nossa Diocese, a evidência, brutalmente irrefutável, dos números assusta. Não conseguimos dar o justo descanso aos Sacerdotes que, se o desejassem, já o mereciam e também não temos conseguido chamar muitos jovens ao Seminário e ao Sacerdócio.

O que de bom pode ter o “susto” é que, quando não nos imobiliza, nos torna mais atentos e dispertos. E, fruto de muitas coisas e, sobretudo, da Graça de Deus, temos um pequeno grupo no Pré-Seminário que todos os meses se encontra no Seminário de Alcains e temos em Lisboa – no itinerário de formação dos Seminários de S. José e dos Olivais em conjugação com a Universidade Católica – três Seminaristas: o Miguel Coelho (de Montalvo) no tempo propedêutico; e o Miguel Serra (de Nisa) e o Pedro Dias (de Cº Branco) no 1º ano do curso teológico. No próximo ano, querendo Deus e os homens ajudando, entrará no tempo propedêutico mais um jovem da nossa Diocese até agora em discernimento no Pré-Seminário.

Nego-me, pois, a acreditar que Deus não chame mais jovens para O seguirem e O servirem na Igreja. A crise, se existe, não é de chamamento. É de resposta! Deus continua a chamar mas há falta de quem responda com a entrega da vida.

Se não se pode interrogar a desertificação populacional e social dos nossos territórios geográficos, se não se pode interrogar a liberdade das escolhas pessoais por outros caminhos que não o sacerdotal, podemos, ao menos, seguramente, interrogar o tipo de instrumento de transmissão da fé que, enquanto comunidades de Igreja, somos e fazemos presente.

Toda a vocação é uma história de liberdade em processo de oferta até ao dom total de si. Sempre em liberdade. Não há nada mais forte do que uma liberdade cativada e entusiasmada. E o mais bonito da liberdade é que, precisamente quando reconhece sentido num projecto ou faz a experiência do amor, tem uma ousadia de resposta e de compromisso fortíssimos. Ninguém pode responder em vez de ninguém e ninguém tem vocação em vez de ninguém. Mas todos podemos ajudar a que cada pessoa descubra o melhor da vida e o melhor que tem em si e para dar.

Seguramente que a renovação dos nossos quadros vocacionais passará pela renovação das famílias enquanto escolas de valores, escolas de oração, escolas de fidelidade e de amor, escolas de alargamento de horizontes, escolas de obediência e de confiança, de misericórdia e de caridade. Seguramente quem sim.

Mas, e por anda a experiência da grande família que somos como Igreja, a grande família de Deus!? Teremos perdido, por falta de fé e de oração (à qual adicionaríamos a meditação da Palavra, a fidelidade, o testemunho, a entrega) a capacidade de sermos escola de oração, de fidelidade e de amor, de obediência e de confiança, de misericórdia e de caridade!? Teremos tido a tentação de reduzir a Igreja apenas a uma factor e fenómeno sociológico!? Mas a vocação a ser Igreja e a vocação ao sacerdócio não se resumem a algo apenas do foro sociológico. Não se pede a um jovem que seja padre por favor como não se pede a um jovem que seja pai por favor ou que seja feliz por favor. O núcleo da proposta vocacional tem de brotar de outro dinamismo. Pode brotar de muitas maneiras e por muitos e diversificados caminhos mas, na sua maior profundidade, é sempre oferta e dom de si. É fruto e expressão da nossa própria vitalidade cristã desinibida, ousada, alegre, com sentido, com profundidade. A proposta vocacional não é um convite a reduzir perspectivas ou a estreitar horizontes. É antes um convite a confiar em Deus, a alargar os horizontes n’Ele e pela perspectiva do seu olhar sobre o mundo e sobre o próprio homem. Quem hipotecaria o seu futuro por uma proposta frouxa, sem garra, sem alegria e sem fé?! E como seremos nós, Igreja, capazes de entusiasmar genuína e autenticamente os nossos jovens por Jesus Cristo ao ponto de darem por Ele as suas vidas?

A nossa Diocese tem Famílias Cristãs, tem Presbíteros, tem Leigos cristãos empenhados, tem Ministros Extraordinários da Comunhão, Ministros da Celebração na ausência de Presbítero, Professores de Religião e Moral e Professores cristãos, Animadores e Líderes de Grupos, Movimentos variados e Organismos paroquiais diversificados, Catequistas, Escuteiros, Grupos de Jovens, Religiosos e Religiosas, Diáconos Permanentes (e em trânsito), Visitadores de Doentes, Centros Sociais paroquiais, Animadores da Liturgia, Coros e chefes de Coro, Zeladoras de Altares, Grupos de reflexão do Plano Pastoral, imensos Secretariados e/ou Departamentos, Adoradores do Santíssimo Sacramento, Institutos seculares e de Vida Consagrada, Sacristães, etc, etc.

Como é que cada um se perspectiva em relação à vocação ao Sacerdócio ministerial? Que palavras escolhe cada um quando chega a hora de reflectir o mesmo Sacerdócio e de o dizer aos outros? Com que entusiasmo, alegria e sentido se reflectem as vocações (e em particular a Sacerdotal) nos contextos em que cada um é responsável? Que reacção pública e privada se tem diante das propostas da Igreja diocesana? O que se espera individual e comunitariamente do padre? Com que coragem se é capaz de propor a vocação sacerdotal como possibilidade a um jovem? Como se têm ajudado os jovens que tenham confidenciado viver com uma interrogação vocacional? O que conta mais nas nossas decisões, o bem da Igreja ou o nosso pequeno grupo?

No início da sua pregação, Jesus, depois de ter falado às multidões a partir da barca, disse a Pedro: faz-te ao largo e lança as redes (Lc 5, 4 s). O Apóstolo e os primeiros discípulos confiaram na Palavra de Cristo e deitaram as redes. E, tendo-o feito, diz o Evangelho que apanharam uma grande quantidade de peixe (Ibid).
Para chegarem um dia ao Presbitério, às Comunidades paroquiais, aos diversos organismos e serviços, os padres têm de nascer, precisamente, do cuidado e da oração do Presbitério, da atenção e da oração das Comunidades paroquiais, da oração e da experiência de comunhão de todos os organismos e serviços.

Hoje, na Igreja, é profético tomar a sério o chamamento de Deus e esperar vocações ao Sacerdócio ministerial.

p. Emanuel Matos Silva - Reitor do Seminário Diocesano